A carta que nunca foi entregue.

Era sábado de manhã. O dia estava claro e os pássaros cantarolavam logo cedinho. Me levantei bem disposta, pois não era todo dia que se apreciava o belo calorzinho que fazia. Me levantei,tomei um banho sem pressa e pus um abrigo confortável para poder me movimentar. Preparei um café da manhã bem leve; chá com bolachinhas salgadas. Escutei alguns discos antigos de minha mãe e fui para a varanda curtir a brisa. A vista parecia de minha casa de verão. Nada se igualava aquele lugar lindo,onde acordava cedo para ver o céu e cuidar dos animais. Era ótimo, e a tardinha,me sentava com meus avós na varanda,a observar calados a noite cair. Lá,tive minha festinha de dez anos. Tive,também,muitos posos com minhas amigas. Elas curtiam tudo,era maravilhoso, e quando estava calor,caminhavamos na areia,esquecendo os problemas. Lá,levei meu namorado,qual foi o único e verdadeiro amor que senti. Mais tudo se desfez. Voltei para minha casa,sem minhas amigas,sem minha vista perfeita,sem meus avôs. Então,me peguei lembrando da face de todos que amavam e me dei conta que tinha ficado um poucado de tempo ali na varanda,da minha casa na cidade. Na verdade,minha única casa,a de verão tinha sido destruída junto de meu coração. Peguei minha bolsa e sai para aproveitar o dia,quando um pequeno pedaço de papel no chão,me chamou atenção.  Era de um papel antigo,de cor amarelo queimado. Achei interessante pessoas escrevem,em si ,cartas e com papeis antigos. Peguei então  o papel e me sentei no sofá. Foi só então que reparei na letra. E o que mais me chamou a atenção,foi a data. 14 de Julho de 2006. Decidi que não leria aquela carta. Seria melhor deixar tudo como estava.
No momento em que aquilo se esclareceu em minha mente,eu vi o quanto os dois tinham sofrido. Ambos separados,talvez, pelo destino. Mas,de fato, ele agiu errado;
- Chega! Não vou trazer a tona o sofrimento novamente. Está tudo muito bom do jeito que está. – falei para mim mesma.
Mais era mentira. Tinha uma boa parte de mim,uma parte do meu coração,que precisava ver as palavras, a letra daquele misero humano. Todas as células do meu corpo estavam esperando uma reação minha,como se elas que não devessem fazer isto por mim. Mais eu fui forte,muito mais forte que meu sofrimento,que minha vontade de ficar chorando ao ler as palavras dele. Larguei a carta ao lado da televisão e sai pelas ruas,olhando o céu,olhando as pessoas,e achando o sentido da vida. 

3 comentários:

Ana Carolina Lima disse...

Otimo texto :DD
As vezes é, bom deixar certas lembranças de lado e sair tentando achar um sentido da vida.

Dani Ferreira disse...

Eu como suuuper curiosa leria essa carta não importa as circunstâncias Huhiuahsihaisuas'
Mas às vezes é bom mesmo deixar o que passou pra trás e seguir em frente como se tudo fosse novo :)

Lari Borges disse...

adorei *-* parabéns, aparece quando quiser amor :http://sintonial.blogspot.com

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